ufff...por onde comecar??!
Cronologicamente...antes de ontem sai de Siem Reap, a cidade mais perto dos templos de Angkor, onde passei 4 dias. Foram dias espantosos, embora a cidade fosse um pouco caotica de mais para mim. Hei guardar na minha memoria para sempre a sensacao de andar de bicicleta naquele lugar e a volta dos magicos templos. Tudo a direito, nem se sente a distancia que se anda...por outro lado as vezes e preciso ter grande sangue frio para passar entre motas, carros, camioes, tuk tuks e muitas vezes em sentido contrario.
A viagem, que passa pelo lago de Tonlé Sap e que nesta altura depois das chuvas da para subir o rio ate mesmo Battambang, foi das mais espantosas da minha vida! Durante as 7 horas de viagens vi um Cambodja que nao se tem acesso se so passarmos pelas cidades. Deixo fotos (quando elas carregarem!) pois a sensacao nao da para explicar.
Quando cheguei a Battambang eram ja quase 5 horas e como comecava a anoitecer decidi ficar nessa cidade e continuar o caminho no dia seguinte. O que gostei da cidade foi da convivencia com os locais mais do que da cidade em si. Hoje de manha acordei para a aventura seguinte e como e que depois de uma viagem tao espantosa como a de ontem pude ter uma viagem que posso considerar a pior ate ao dia de hoje da minha vida, nao sei explicar...
A alternativa que tinha para sair da fronteira era, ou seguir num autocarro turistico para Poipet (de novo!!!...nem pensar) ou ir para Pailin. E para esta outra cidade ou ia num taxi partilhado ou numa pick up. Lembrei me logo como gostava de ir nas hyaces em Cabo Verde (da convivencia com os locais) e ai fui eu: apanhei uma moto para o mercado e perguntei pela pick up para Pailin! Nunca vi tantas caras surpreendidas juntas!? Pelos vistos acho que ninguem daquela gente tinha visto uma ocidental de perto...Enquanto esperei (uns 30 minutos) as mulheres estudaram me afincadamente. Faziam comentarios umas com as outras e riam e do que percebi, acharam a minha pele clara demais, o meu nariz muito grande e os meus olhos de uma forma estranha e de uma cor ainda mais! Foram momentos muito divertidos e esta parte da viagem recordarei com carinho. A lingua e de facto uma barreira...fizeram muitas perguntas (em khmer pois nao falavam uma palavra de ingles) a que nao sabia responder. Quando mostrei a foto da minha filha Ines, as perguntas foram ainda mais e a quantidade de olhos interrogativos a olhar para mim profundamente...?
Os Cambodjianos sao pessoas preocupadas. Sao muitos e a vida de cada um pode valer muito pouco mas as pessoas protegem se umas as outras e senti que durante esta viagem na caixa aberta, por cima de um montao de coisas, em que iamos umas 15 pessoas empoleiradas, me protegeram...Fica a foto a ilustrar.
Cronologicamente...antes de ontem sai de Siem Reap, a cidade mais perto dos templos de Angkor, onde passei 4 dias. Foram dias espantosos, embora a cidade fosse um pouco caotica de mais para mim. Hei guardar na minha memoria para sempre a sensacao de andar de bicicleta naquele lugar e a volta dos magicos templos. Tudo a direito, nem se sente a distancia que se anda...por outro lado as vezes e preciso ter grande sangue frio para passar entre motas, carros, camioes, tuk tuks e muitas vezes em sentido contrario.
A viagem, que passa pelo lago de Tonlé Sap e que nesta altura depois das chuvas da para subir o rio ate mesmo Battambang, foi das mais espantosas da minha vida! Durante as 7 horas de viagens vi um Cambodja que nao se tem acesso se so passarmos pelas cidades. Deixo fotos (quando elas carregarem!) pois a sensacao nao da para explicar.
Quando cheguei a Battambang eram ja quase 5 horas e como comecava a anoitecer decidi ficar nessa cidade e continuar o caminho no dia seguinte. O que gostei da cidade foi da convivencia com os locais mais do que da cidade em si. Hoje de manha acordei para a aventura seguinte e como e que depois de uma viagem tao espantosa como a de ontem pude ter uma viagem que posso considerar a pior ate ao dia de hoje da minha vida, nao sei explicar...
A alternativa que tinha para sair da fronteira era, ou seguir num autocarro turistico para Poipet (de novo!!!...nem pensar) ou ir para Pailin. E para esta outra cidade ou ia num taxi partilhado ou numa pick up. Lembrei me logo como gostava de ir nas hyaces em Cabo Verde (da convivencia com os locais) e ai fui eu: apanhei uma moto para o mercado e perguntei pela pick up para Pailin! Nunca vi tantas caras surpreendidas juntas!? Pelos vistos acho que ninguem daquela gente tinha visto uma ocidental de perto...Enquanto esperei (uns 30 minutos) as mulheres estudaram me afincadamente. Faziam comentarios umas com as outras e riam e do que percebi, acharam a minha pele clara demais, o meu nariz muito grande e os meus olhos de uma forma estranha e de uma cor ainda mais! Foram momentos muito divertidos e esta parte da viagem recordarei com carinho. A lingua e de facto uma barreira...fizeram muitas perguntas (em khmer pois nao falavam uma palavra de ingles) a que nao sabia responder. Quando mostrei a foto da minha filha Ines, as perguntas foram ainda mais e a quantidade de olhos interrogativos a olhar para mim profundamente...?
Os Cambodjianos sao pessoas preocupadas. Sao muitos e a vida de cada um pode valer muito pouco mas as pessoas protegem se umas as outras e senti que durante esta viagem na caixa aberta, por cima de um montao de coisas, em que iamos umas 15 pessoas empoleiradas, me protegeram...Fica a foto a ilustrar.
Mas nunca mais chegavamos e depois de muitas saidas da estrada principal, paragens e sem o consutor me responder quanto tempo faltava, numa das paragens saltei para uma moto me pos em Pailin em 25 minutos. Dai, outra aventura, precisava de um taxi para a fronteira e depois de entrar num que deu varias voltas sem sair da cidade, meti me noutro e la fui. Passei o check out na fronteira e ai, quando eu achei que na parte da Tailandia ia ser melhor pois da minha expriencia ha mais gente a falar ingles. Pedi a um taxi mota para me levar a Chanthaburi (a pensar que eram 20 minutos) mas ele nao me percebeu e deixou me numa terra, no meio do nada que nao fazia a minima ideia onde ficava. Estava junto de um tipo de autocarro aberto e quando disse ao rapaz que queria ir para Bangkok comecou a gozar comigo, em Tailandes. Do que percebi, disse que ia para outro sitio, que eu tinha de esperar. Perguntei quanto tempo e deu me umas respostas zangadas. Basicamente nao me quis perceber e ao fim de algum tempo a tentar comunicar disse que entao nao me levava nada para lado nenhum e...mandou me ir a pe! Nesse momento perdi mesmo a calma. Nao me restava fazer mais nada. Peguei nas minha coisas e comecei a caminhar na estrada, enquanto chorava...havia de chegar a um sitio que me conseguissem entender e iam me ajudar (pensei eu). Mas o panico estava a tomar conta: nao tinha comido quase nada, nao tinha comida nem mais agua, havia mais 3 horas de sol e nao fazia a minima ideia onde estava. Por fim um senhor mais velho que tinha estado a assistir a minha tentativa frustrada de comunicar com o outro rapaz apareceu de moto. Tambem nao falava ingles mas disse para me sentar que me levava. Levou me a um sitio cheio de carrinhas tipo as hyaces e foi um alivio quando percebi que aquele sim era o sitio certo. Finalmente ia consegui ir seguir viagem! As pessoas ali tambem me ajudaram e quando cheguei a Chanthaburi o sol estava ja a por se. Nao ia voltar a testar o destino...Fui me informar sobre os autocarros para Bangkok para ir amanha e instalei me num hotel. Foi o primeiro banho quente que tive desde a uma semana ...
E amanha vou chegar finalmente a Bangkok! :)
O nosso Karma é da nossa responsabilidade ;)
ResponderEliminarAgora que ja vejo as coisas de outra forma acho que foi mesmo uma grande licao...de humildade principalmente.Faz bem de vez em quando sentirmo nos pequeninos. Ajuda a relativizar ;)
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